sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Dois meses após decisão do STF, criança cearense ainda não recebeu medicamento mais caro do mundo

Dois meses após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu direito ao Zolgensma, medicamento mais caro do mundo, para a cearense de Itapipoca, Geovana Rodrigues, 2, a família afirma que a compra ainda não foi efetuada. Segundo a defesa da criança, o Ministério da Saúde (MS) afirma que só pode liberar a verba após a emissão de uma ordem obrigatória de depósito, feita pelo STF.Segundo a advogada da família de Geovana, Anaísa Banhara, de forma inicial, o remédio seria comprado pelo MS, em processo que poderia durar até 180 dias.


Neste caso, o documento seria utilizado para que seja feito o repasse do valor ao Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, referência no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME), doença que acomete Geovana. Com o depósito da verba, a instituição de saúde poderia comprar diretamente o medicamento e aplicá-lo de forma mais rápida.Ainda de acordo com Anaísa, o pedido da ordem já vem sendo feito ao Supremo Tribunal Federal há 15 dias, mas a única resposta que eles tiveram até o momento é de que o pedido está na fila de urgência.A mãe de Geovana, Aline Rodrigues, afirma que a longa espera é prejudicial à criança. “Eles estão ganhando tempo para depositarem o dinheiro. Tempo esse que a Geovana não tem. Enquanto eles ganham tempo, a Geovana perde vida”, diz.


O POVO questionou o Ministério da Saúde sobre o caso e aguarda resposta. A matéria será atualizada quando a demanda for respondida. Família arrecada dinheiro para a custear tratamentoAlém do dinheiro para a compra do remédio, a família de Geovana também busca recursos para custear a aplicação do medicamento. Devido ao fato de o Zolgensma nunca ter sido aplicado no Ceará, a criança teria que se deslocar até Curitiba, onde seria atendida no Hospital Erasto Gaertner.A família também terá que arcar com os honorários da advogada que defende Geovana no caso e pagar pelo trabalho da equipe médica responsável pelo procedimento. Ao todo, os custos são estimados em R$ 50 mil, dos quais R$ 7 mil já foram arrecadados por meio de doações. As contribuições podem ser feitas via pix.


Como doar

Para ajudar na campanha, a família disponibiliza uma chave Pix, que é um número de celular.

Chave: (88) 998715588

Nome: Aline Rodrigues de Souza