sexta-feira, 21 de março de 2025

Coluna da Fátima Alves - Parabéns Dona Terezinha Landim pelos seus 90 anos!


Parabéns Dona Terezinha Landim pelos seus 90 anos!

Mês de Março, mês das Mulheres, representadas em vários nomes... A relação seria extensa, de mulheres que constroem sua história e consequentemente a de sua cidade visto que, em cada mulher existe o lado materno, de guerreira, mas também de mulher sábia. Assim é a desta mulher, da qual faço referência e reverência: Dona Terezinha Landim.

A Palavra de Deus em Provérbio versículos 14 diz que “a mulher sábia edifica sua casa”. Com certeza edifica, isto é evidente na história que hoje lhes apresento. Nada mais justo que homenagear, hoje esta mulher, que apesar do seu anonimato, contribuiu e contribui de forma significativa “doando” seus filhos e netos ao serviço político, social e da saúde aos que fazem a cidade de Brejo Santo. Confesso que me surpreendi ficar a frente com Dona Terezinha, pois, vi uma mulher forte e destemida que superou e supera desafios, no seu dia a dia como mulher, esposa e mãe.

Dona Terezinha Landim, casou-se com o Sr. Ivan Landim no ano de 1955, este exercia função de farmacêutico na farmácia Santana. Ao conversar com Dona Terezinha, não há como evidenciar palavras sobre sua família e a principio sobre o primogênito: Wellington Landim. Ela retrata que Dr. Wellington em sua infância fora uma criança normal, nunca foi trabalhoso, simples, pois como na época Brejo Santo era uma cidade pequena não tinha muita diversão. Aliás, todos os filhos foram criados de casa para o colégio, e a diversão era ir pra farmácia do pai no período da tarde. Seus filhos também brincavam com as outras crianças da Rua Santa Terezinha, com as quais tinham um círculo de amizade. Dona Terezinha retorna a falar de Dr. Wellington e diz que ele começou a estudar com 11 anos de idade em Fortaleza, pois ele sempre gostou de estudar e era muito inteligente, no colégio Santo Inácio, no semi-internato. Então esta mãe dedicada foi conduzindo todos os filhos aos estudos em Fortaleza. Não era fácil ter que ficar longe dos filhos que com tão pouca idade teriam que se deslocar a capital. Mas seu discurso retorna a pessoa de Dr. Wellington, ela diz que ele sempre teve o espirito de liderança na sua juventude, inclusive, foi o mentor da Semana Universitária, gostava de movimentos, de jogos, de festa, inclusive as tertúlias.

Dona Terezinha, na sua simplicidade, relata as conquistas e as dificuldades sobre a implantação do Hospital Geral, a idéia fora de Dr. Wellington o qual projetou com outras pessoas da cidade (sócios) Salviano, Vasques Landim, Pedro Tavares e Aldenio na luta pela construção. O Sr. Ivan Landim, seu esposo, se doara integralmente na luta junto com os filhos, ela até usa a expressão: “foi uma revolução e tudo idéia de dele (Welington)”. Sr. Ivan, segundo Dona Terezinha, muito trabalhador fez de tudo, o possível e impossível para ajudar os filhos na construção do hospital. No ano de 1988, Wellington já pensava em se candidatar prefeito. Dona Terezinha reagiu, pediu que ele deixasse mais um tempo, mas não houve jeito. São oito filhos, todos maravilhosos, mas a morte de Dr. Wellington marcou sua vida, uma ida inesperada, muito sofrida. Dona Terezinha se emociona ao falar sobre os momentos em que acompanhou o filho na UTI em Fortaleza. Apesar da companhia dos outros filhos, Welington lhe faz muita falta, ele era a pilastra de todos os irmãos. Após a morte de Welington, vieram outros desafios, como o problema de saúde de Sr. Ivan Landim, o qual precisa de atenção e cuidados. Este pai dedicado, trabalhador, sempre solícito aos pedidos dos filhos, não medira esforços para ajudá-los.

Volto minha atenção a Dona Terezinha e digo que ela é uma guerreira. Retruca e diz ser suspeita ao falar, mas enfatizo que poucas pessoas sabem da sua luta: Ela diz: “Sabe não, tinha meus filhos e não tinha quem ajudasse com eles”. Aos poucos Dona Terezinha faz memória da vinda dos filhos: Wellington, Welinadja, Welilvan, Wider, Webert, Tereza, Wegila e Ivan Junior. Assim criei meus filhos, nunca me desesperei, e com modéstia ela diz que não existe regra para criar filho, nem para ser professor, deputado, juiz, médico, mas segui o exemplo de minha mãe. Ajudou seu esposo da seguinte forma: “Ele trabalhava e eu dizia faça assim e assim”. Dona Terezinha diz que continuara seus estudos depois de casada, mas nunca deixou sua vida de dedicação ao lar e aos filhos.

E eis a mulher forte, que conduz sua família com sabedoria e que esteve 24 horas ao lado do esposo Ivan Landim (in memoriam), acolhendo cada filho, netos, bisnetos, genros e noras, que para ela são uma benção. Vive dona Terezinha, de certa forma protagonizando a história de Brejo Santo e de muitas mulheres que se dedicam a vida da família, em busca de um bem maior a PAZ e a UNIDADE.