Essa semana ou mês propriamente dito, véspera do mês das eleições, estamos comemorando a semana da pátria, o seu bicentenário de liberdade. Na verdade, há muitos questionamentos com relação a essa comemoração. Muitos acontecimentos ocorridos desde o suposto “grito”, um quadro revelador distante da realidade. Vivemos em um momento apático do povo brasileiro nas comemorações, parece que o Brasil não é sua pátria. Lendo o texto de Ricardo Westin da Agência Senado publicado em agosto (2022), percebi que de fato o seu relato com ao citar outras pátrias quando se faz alusão a sua terra se diferencia do nosso, existe um amor embrenhado, firme, no coração. Não estou dizendo que não exista os brasileiros que amam a Brasil, mas precisa-se contextualizar. Vamos então aos recortes do texto para entender melhor: “Rubens Ricupero estava lotado como diplomata em Washington quando os Estados Unidos celebraram os 200 anos da Independência, em 1976. Ele lembra que os eventos comemorativos, tanto os do governo quanto os da sociedade, se espalharam pelo país inteiro e puderam ser contados aos milhares.” Pois é, não precisa dizer muito sobre essa parte do texto, está no hino nacional, implícito, quando cantamos “deitado eternamente em berço esplêndido”.
O texto continua com uma bela reflexão:
Neste momento, o Brasil está às vésperas do bicentenário da separação de Portugal, mas Ricupero vê aqui um estado de ânimo bem diferente daquele dos americanos.
— O que eu vejo é uma imensa apatia, como se este aniversário não tivesse relação conosco, não dissesse respeito à nação. Há um vazio — afirma ele, que também é historiador, autor do livro A Diplomacia na Construção do Brasil, titular da Cátedra José Bonifácio, da Universidade de São Paulo (USP), e ex-ministro do Meio Ambiente (1993-1994) e da Fazenda (1994).
O historiador avalia que o aniversário da Independência seria a oportunidade perfeita para a sociedade brasileira fazer um balanço destes 200 anos e, a partir dele, corrigir os rumos para o futuro. Essa oportunidade, no entanto, está sendo perdida. Ele acrescenta:
— O povo não é indiferente. Quem é indiferente à história nacional é o governo, que não sabe ou não quer mobilizá-la em favor de uma reflexão sobre o país.
Fonte: Agência Senado
Deixo assim uma reflexão a todos os leitores, precisamos rever nossa postura enquanto patriota, conheço minha história? O que conheço? O que comemorar? É isso, história não e só passado, ela se constrói a partir do cotidiano que é o presente. Viva o nosso povo brasileiro!