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Foto: Reprodução/Levi Aguiar |
A Agência Reguladora do Ceará (Arce) está discutindo com a governadora Izolda Cela (sem partido) sobre como será a gratuidade dos ônibus intermunicipais para quem for viajar para votar no segundo turno das eleições. A lei aprovada na Assembleia assegura aos eleitores o direito de não pagar pelo bilhete, mediante a comprovação do local de votação noutra cidade. Todavia, há preocupação nas empresas com a possibilidade de não haver assento disponível, pois já venderam cerca de 60% dos bilhetes para o período. A matéria foi publicada pelo colunista do O POVO, Jocélio Leal.
Na terça-feira haverá uma reunião operacional na Arce com as empresas. Logo em seguida deverá sair uma portaria da Agência com o regramento. Depois da portaria, será possível medir o impacto na procura. Desde a alta nos preços do bilhetes aéreos, os ônibus têm sido mais procurados. O dia 30 fica bem perto do feriado do Dia de Finados (2 de novembro) e alguns municípios terão feriado na sexta-feira (28), o que já caracterizava um feriadão, com a maior venda de passagens. Em suma, a lei define: quem chegar ao guichê na rodoviária, apresenta o local de votação, a empresa emite o bilhete de ida e volta.
No caso do transporte metropolitano é mais simples. As pessoas pegarão o ônibus sem nenhuma comprovação, como já foi e será no transporte urbano em Fortaleza - tal qual no primeiro turno, por força de lei municipal. Por trás da lei estadual da gratuidade, está a intenção de mitigar a abstenção. Contudo, há algum ceticismo até entre empresários quanto à eficácia da medida. Com os ônibus gratuitos, existe a possibilidade de muitos reunirem a família para passear, deixando de ir às urnas.
Do BFJR com dados do O POVO